Após pesquisar durante vinte anos sobre o cerne das pessoas,
cheguei à conclusão que tudo o que elas sentem não demora tanto para passar
quanto a raiva. Podemos sentir amor, felicidade, frustração e até esperança,
mas é a raiva o sentimento que mais sentimos. Espere, pense, quando está amando
temos raiva porque a pessoa não corresponde, porque está longe ou simplesmente
não existe. A mesma coisa acontece quando sentimento felicidade (ou outra
qualquer emoção), não pode demonstrar felicidade quando os outros estão tristes
e eles não podem ver que está feliz, pois sentiria inveja e ameaçados com suas
emoções. Então a raiva é um sentimento “prós” – pós-amor, pós-alegria,
pós-frustração e tantos outros sentimentos. E quanto ao ódio? O ódio é como um
choque de um raio ou os táquions e depois vem o sentimento “pós”.
Se a raiva é o pós, o medo é o “pré”. As pessoas sentem hesitantes
quando uma coisa nova as confronta. Sentem medo por não poderem saltar de
paraquedas ou de uma montanha; medo cair quando andamos de bicicleta ou de afunda
quando estamos nadando. Mas os medos físicos são mais fáceis de vencer, já os
medos psicológicos são o terror para algumas pessoas. Todas as pessoas têm medo
de serem esquecidos, serem mais um grão de areia na grande orla marítima da
vida; temem perder a visão e a escuridão fazer parte de suas vidas; temem que
seus demônios fiquem maiores que eles mesmo e que não reste mais nada para quê
lutar ou amar. Enfim o “pré” é o medo e o “pós” é a raiva.
Alguns livros dizem que temos que racionais e menos
sentimentais. Para eles quando somos sentimentais nos tornamos quase que
automaticamente, vulneráveis. E quando demonstramos alguma emoção que não a
razão nos deparamos com uma infinidade de problemas criada por terceiros. Mas
ser racional é possível? (outro dia tento responder)
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