Uma breve estória. Anne Elliot,
aos 20 anos, está perdidamente apaixonada por Frederick Wentworth, de 20 anos. Seja
pelo amor ou pelo simples calor do momento, eles decidem-se casar, mas seus
planos culminam em seu próprio rompimento. Dois motivos: um, ela é rica e de família
arrogante (no livro tem a chamada “a famosa arrogância dos Elliot”); dois, ele
é um jovem ordinário aos olhos do Sr. Walter Elliot (baronete e pai de Anne),
sem riquezas ou títulos. Sendo assim seu pai não pode aceitar que sua filha
caia em uma cilada de casar-se com um homem pobre que não tinha nem o que dar
para sua filha mais velha.
Então persuadidos (pai e filha)
por uma nova personagem até então secundária, a senhora Lady Russell, a não
realizar o casório. Lady Russell exerce grande poder na tomada de decisão na família
Elliot. Uma mulher, a meu ver, centrada que tira seus conceitos muito
rapidamente antes mesmo do segundo olhar que dar as pessoas ou aos objetos. Mas
é graças a ela que o sr. Wentworth e a senhorita Elliot não ficam juntos.
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Meu livro. |
Sete anos depois os Elliot estão
em apuro, problemas financeiro. A verdade é que desde a morte da senhora
Elliot, mulher de Walter e mãe de Anne e Mary (irmã mais nova e a mais esnobe e
arrogante dos Elliot), o Senhor Elliot vem colocado a sua própria em declínio financeiro.
E eles não vêm outra alternativa senão vender sua luxuosa casa em Kellynch Hall
e mudarem-se para uma de suas propriedade menores em outro lugar (pois o Sr. Walter
não suporta de está perdendo sua fortuna, vender sua querida Kellynch Hall e
ainda as outras pessoas saberem disso), para Bath. Mas devo acrescenta que mais
uma vez a família Elliot são persuadidos a tal ato, pela caríssima Lady Russell
juntamente com outro amigo e advogado da família, senhor Shepherd.
Enquanto o senhor Shepherd
arranjava a pessoa para vender Kellynch Hall; Anne antes jovem, linda, cheia de
vida; agora pálida magra e o rosto cheio de sardas e se ver indo visitar sua
irmã mais nova, Mary, que agora está casada com senhor Charles Musgrove (a quem
pretendia casar-se com Anne, mas está não o quisera optou pela irmã) e tem um
pequeno herdeiro, William Walter Elliot. Mary é carente, irritante e hipocondríaca
e a mais arrogante dos Elliot (depois do pai). Os Musgrove vivem em Uppercross,
muito diferente de Somersetshire, o primeiro a autora dar a entender que é bem
mais tranquilo e pacifico que o segundo.
Passando alguns dias Anne recebe
a noticia de que um Capitão alugara Kellych Hall (seu pai está ainda em contra
gosto a essa ideia, pensando que pode dar um jeito no financeiro da família,
mas como era para alguém com patente alta na marinha de Londres, ele acabara
por se a costumar a ideia). Ao receber tal noticia, Anne, estava desolada, pois
sempre amara sua casa e dar toda ela (tanto a propriedade quanto o terrano)
para um estranho da marinha fazia com que um gosta amargo crescesse no fundo de
sua boca.
O capitão até agora anônimo despertara
a curiosidade de todos. Alguns que o conhecia antes como o senhor Shepherd, lhe
dera somente os mais altos elogios. Mas antes que este exímio ser aparecer e
tomar posse em Kellynch Hall, Anne repara em sua linhagem (dada pelo Advogado) irmão
da senhora Croft e irmão do padre Wentworth. Anne sabia quem era a criatura com
o capuz negro: seu amor, Frederick.
No primeiro momento Anne se
lembra de seu passado e no segundo passa a ter noção que o seu Frederick
Wentworth será o novo proprietário de sua amada casa. Outro pensamento enche
seu coração de medo: Ela e o, agora Capitão, Wentworth fariam parte do mesmo
grupo social, isso quer dizer que eles iriam se encontra muitas vezes. Esse é o
grande medo de Anne a principio.
Quando Anne chega a Uppercross se
depara com Mary agonizando em doença (que só existia na sua cabeça), vendo a
irmã naquele estado (esparramada pelo sofá com o jovem filho em cima de sua
barriga), Anne se ver na obrigação divina que cura sua irmã e Mary ao ver a
irmã já se sente melhor. Anne sabe que o Capitão Wentworth está em Uppercross,
então ela se faz valer-se de desculpas para não sair da casa de sua irmã.
Primeiro contara com a conveniente doença do sobrinho, depois inventara inúmeras
desculpas para não dar de cara com o Capitão.
Mas no fim acabaram todas as
desculpas e tivera que ir a um evento pequeno na casa dos pais de Charles
Musgrove, fora quando ela o vira: frio e distante. Frederick, aos olhos de
Anne, fazia de tudo para lhe ver triste e não demostrava nenhum afeto para sua
parte. Anne recordara que Frederick era ambicioso e muito inteligente, talvez
devesse ter sido isso o que fizera daquele modo ou a sua ruptura com Anne.
Mas essa frieza era puro teatro
por parte de Frederick, pois ele ainda estava perdidamente apaixonado pela sua
Anne Elliot. Ela que agora estava menos magra de rosto e corpo, e mais corada e
com menos sardas, vira o seu jovem ambicioso amor juvenil se transformar em um
grande Capitão da marinha britânica. E ele vira sua flor tornar-se murcha com o
passado do tempo e tornar-se cheia de vida ao seu toque.
Enfim ambos tiveram noção sobre o
que sentiam um pelo outro e fizeram aquilo que deveriam fazer a oito anos
atrás: casaram-se.
O que era pra ser uma breve estória
tornou-se uma grande estória cheia de nuances sobre amor, coerção e
perseverança. É disso que trata Jane Austin nesse livro.
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Trecho que eu mais gostei do livro |
Minha opinião:
Lendo esse livro me fez pensar
sobre relacionamento e o tempo que sofrem para poderem se desenrolar. Podem-se
passar dez anos, mas se for amor verdadeiro ainda terá a mesma intensidade. E o
fato de Anne não querer se casar com 27 anos em 1818 era o marco da revolução feminista,
pois a mulheres naquela época não tinha voz e nem vez em um mundo dominado pela
testosterona. As mulheres estavam a mercê de homens, seja pai, irmão, cunhado e
esposo.
O mais impactante é que ainda
estamos enfrentando resquícios desse regime machista. As mulheres ficam em uma posição
vulnerável com relação aos homens. E isso é frustrante dos dois lados da moeda.
Do lado feminino: as mulheres tem uma mente progressista com relação aos
assuntos mundiais (coisa que até dez anos atrás elas tinha receio de fazê-lo);
e do lado masculino é bom para os homens demostrar que não vão para frente sem
a opinião de uma mulher e demonstrar um pouco de afeto ao poder feminino sempre
é bom.
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